A NOSTALGIA E SUAS HISTÓRIAS

Em alguns momentos de minha vida, já passei por umas situações bem inusitadas e até certo ponto engraçadas e traumáticas. Esses dias, um de meus amigos lembrou do episódio em que eu cai de bicicleta. Levei um tombo tão feio que a queda pareceu como se eu estivesse brincando de Superman, ou que eu estivesse tentando imitar o personagem daquele filme E.T., mas aí lembrei que não sabia voar e me espatifei no chão. Porém, como um bom aluno, ainda que todo ensanguentado, fui fazer a prova de física que foi marcada para acontecer naquele dia. Até que tirei uma boa nota. Valeu a pena a queda. Só que não.

Outra hora, lembrei-me da vez em que um carro passou por cima do meu pé enquanto eu voltava para casa. Foi algo meio estranho. Eu estava com sono e de repente senti um peso em meu pé direito. Olhei e vi que era um carro. De primeira vez, por incrível que pareça, não me espantei, mas em questão de segundos, dei-me conta de que um CARRO estava em CIMA do meu PÉ. Bati no carro até a mulher tirá-lo de cima de mim. Que azar, era o meu melhor tênis. No dia, teria um encontro especial, mas o meu melhor sapato já tinha ido para o brejo.

Mas até que esses acontecimentos não me marcaram muito como o dia em que eu tossi após ter bebido água e voou tudo para os quatro cantos da sala de aula. Inclusive, na menina que sentava na minha frente. Mas, como na vida tudo passa, isso passou. Porém, os acontecimentos mais marcantes sempre ocorrem no meu aniversário, como na vez em que na saída da aula os meus amigos me tacaram balões cheios de rinco guaraná. Isso mesmo. Nem para me tacarem algum refrigerante melhor. Aquilo além de ter gosto de remédio, fez com que eu pegasse sinusite.

Entretanto, nenhum acontecimento supera o dia do meu aniversário de 18 anos, mas isso é assunto para outro texto. Por mais que tenham feito relaxo comigo, meus amigos e eu já tivemos boas histórias juntos, como nas trilhas que fazíamos por ai rodando a cidade ou, então, quando apertávamos as campainhas das casas durante à noite e saíamos correndo. É como uma professora minha sempre diz: o importante é estarmos juntos. Se eu fosse contar tudo, não sairia hoje daqui, mas é bom sempre olhar para o passado e rir um pouco quando o presente está meio entediado.


                                                                             Lucas Silva Sousa

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