O moral daquela história


Marquinhos é um funcionário de uma empresa que fabrica salgadinhos à sociedade. É dia de pagamento, então, Marquinhos entrou na sala do chefe...
- Bom dia, patrão!
- Bom dia, seu Marcos. Antes de lhe entregar o seu salário deste mês, está aqui a folha de impostos e descontos do seu salário.
- Opa, pera aí, quais descontos? – Marcos não entende.
- Estes. Olha aí.
- Mas pera aí, que impostos são esses?
- São os novos impostos da nossa empresa.
- Mas que Imposto Sheila é esse?
- Bom, a Sheila é minha amante. E como você sabe mulher gasta demais e amante ainda... vish! Gasta demais.
- Então eu pago a sua amante com o meu salário? E o que é esse Desconto Família?
- Então, eu sou casado e, como agora eu tenho a amante, tenho que ter dinheiro para minha esposa e meus filhos, porque pensa, se eu não tenho dinheiro, a patroa desconfia, não é?
- Eu não estou acreditando nisso. Isso é verdade? É uma pegadinha? É uma pegadinha, não é? Tem uma câmera escondida. Silvio Santos pode aparecer. HAHA. Mãe, eu estou no Programa Silvio Santos. HAHAHA. Adorei a piada chefe. Agora, o salário.
- Não é piada, Marcos. É tudo verdade. Mas veja pelo lado bom, olhe o Imposto Gratidão.
- Imposto Gratidão?
- É. O imposto que você me pega mensalmente a partir de agora pela sua imensa gratidão a mim por tê-lo empregado, porque senão você estaria desempregado ou sendo explorado por um burguês gordo.
- Então eu te devo a minha gratidão? Mas isso aqui não é nem um salário mínimo? Como eu me sustento? Eu tenho um teto pra pagar e comida pra comprar.

- Se esse for o caso, você pode dormir na fábrica, assim você tem um teto de graça e seguro, e o seu salário dá pra comprar muitos salgadinhos que fabricamos aqui. Então, o que me diz? Topa?

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